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Encontro com o Ladrão

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Se me pedem uma definição digo que sou Carioca, Tijucano e Rubro-negro. Acredito mesmo que os três qualificadores me definem em sua essência. Ser Tijucano significa gostar de cozinhas grandes, de valorizar os encontros familiares,de achar que o Maracanã é seu , de gostar de jogar conversa fora, de ir a pé até a padaria e  a banca de jornal, de passear com seus cães, de saber que está próximo de tudo no Rio. Sou do tempo da Tijuca de muito antes das UPPs , do bairro cercado de favelas mas que não explodia em violência, onde o respeito aos moradores e conhecidos era regra de lei. Minha rua tinha um time que jogava sempre que podia nos finais de semana. Já falei dele em caso que narrei em “Pelada na Quinta “.  Disputávamos também os campeonatos que Padre Jorge promovia na quadra da Igreja . Times de todas as favelas participavam deste campeonato, assim era comum conhecer personagens que sabíamos adotar outro comportamento fora da quadra mas que na Igreja se comporta...

Paixão de Futebol

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Feriado, 15 de novembro, é também data de aniversário do Flamengo. Lembrei da primeira vez em que fui a um jogo no Maracanã, e de como fui conquistado pela nação rubro-negra. Lembro que era menino, havia chegado ao Rio alguns anos antes. Meus primos, por parte de mãe, eram mais velhos e exemplo para mim. Todos paulistas eram torcedores do Santos, o time de Pelé, o grande time do Brasil então. Era estranho mas minha referência era esta, morando no Rio e simpatizando com o Santos pelo rádio. O detalhe é que nunca havia visto um jogo do Santos ao vivo. Minha irmã Jussara começou então a namorar Luís, um estudante de medicina. Ele não se conformava em ao me perguntar sobre time de futebol e responder que era santista. Começou então a me dizer que me levaria ao Maracanã em dia de jogo do Flamengo e que eu mudaria de opinião. Pois este dia chegou e para o Maracanã fomos. O jogo foi Flamengo e Vasco pelo campeonato carioca de 1968. O Maracanã abarrotado de gente, mais ...

Pelada na Quinta

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Leio no "O Globo " de hoje entrevista com João Ubaldo Ribeiro em que este afirma que a pelada de futebol é um jogo democrático. Concordo integralmente , pelada , praia e Maracanã são espaços democráticos por natureza. Ao lado do empresário pode estar o porteiro, o engenheiro, o faxineiro, não importa a classe social. Em determinada época todas as tardes de sábado íamos para um dos campos de futebol da Quinta da Boa Vista ou na Lagoa jogar contra quem lá estivesse. Tínhamos um time base com Pimenta, Baiano, Paulinho, Marx , Marcos Paulista , Eu , Curumin,Edson, Mário e Júlio que completávamos com quem aparecia no bar do Sinézio antes da ida para Quinta ou na hora da pelada , perguntando quem mais queria jogar. Era um bom time, não fazíamos feio na Quinta ou na Lagoa jogando contra outros times. Curumim era bom goleiro, Pimenta jogava salão pelo Grajaú ,metia uma senhora pancada na bola com a perna esquerda e driblava com facilidade. Marx, cunhado do Marcos Paulist...

Narradores esportivos e matemática

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Já contei em outro post caso parecido mas agora tenho certeza que narradores esportivos fugiram de aulas de matemática do ensino fundamental. Estou voltando para casa sábado a noite , Diogo me pede para ligar o rádio , o Flamengo está jogando contra o Grêmio. O dia é 29 de maio de 2010. No que sintonizo a estação ( Rádio Globo) sai o gol do Flamengo , Pet marcou. O narrador pergunta: - André , o Pet está com 37 ou 38 anos ? - Não sei , vou pesquisar . O jogo caminha e o André volta. - Pet nasceu em 10 de setembro de 1972 . - Agora sim , tem 37 ou 38 ? - Tem 38 não é , esta matemática é complicada. Só Luis Mendes fica fora da discussão . Logo aparece outro gênio no ar. - Ele disse que vai encerrar a carreira com 39 . O narrador brilhantemente faz nova pergunta : - Então Perrot é 38 ou 39 ? - Olha acho que é 39. Outra jornalista entra na conversa e dispara: - Ele não tem nem 37 nem 38 . A conclusão do narrador encerra a discussão : - Perrot então é 39 , em definitivo.

Dominó Humano

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Para variar estávamos no Maracanã em mais uma decisão de campeonato carioca . O Flamengo havia vencido o primeiro jogo contra os vice eternos por 2x1 e jogava a decisão pelo empate . Como sempre estava em companhia do Alex V , do Lula e do Fernandinho . O primeiro tempo terminou em 1x0 para eles , a decisão indo para os penaltis . Começa o segundo tempo e numa roubada de bola um dos volantes do Mengão parte em direção a área , chutando em cima da zaga . A bola sobra para Jean que dá leve toque em direção ao gol . Na posição em que estava na arquibancada vi claramente que o goleiro do vasco não ia alcançar a bola e que esta estava na direção do gol . Comecei a levantar antes da massa , a vibrar com o gol saindo , e levanto e abro os braços em seguida . O problema é que perco o equilíbrio , com as pessoas ao lado ainda se levantando , não há ponto fixo a amparar a minha queda . Derrubo Alexandre ao meu lado , que derruba Lula , que derruba quem está ao seu lado e assim em sequência as pe...

Quando se tenta acertar e o pior acontece

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O Internacional ia jogar em Caxias do Sul e, para lá, se deslocou a equipe principal da Gaúcha ( Rádio ) para cobrir o evento . O locutor era conhecido e declarado torcedor do colorado, que tinha como centroavante Claudiomiro, jogador forte, de veloz arranque, de curta passagem depois pelo Flamengo . Pois o jogo seguia amarrado, o placar inalterado, quando a bola é enfiada por Falcão e Claudiomiro parte veloz, ainda do campo de defesa do Inter, em direção ao gol do adversário. A locução foi assim : - Vai Claudiomiro , avança Claudiomiro , vai vibrar o povo colorado , chutou e ....Puta Merda no travessão !!! Percebendo a besteira o locutor se cala e durante alguns segundos nada se ouve . Tentando acertar a situação o comentarista entra no ar :- Senhores ouvintes , desculpem a cagada de nosso colega .