Sem resposta

Fui ao teatro ver Elizabeh Savalla em "Friziléia , uma mulher a beira de uma ataque de nervos ". Curioso que interpretando uma dona de casa que questiona a vida que está levando, o que podia ter feito, o amargo de sua rotina, em atuação muito boa, toda hora me lembrava seu papel como a Malvina, a jovem feminista da novela baseada em obra de Jorge Amado, em personagem totalmente diferente.
Uma grande atriz estava em cena.

Durante a peça contou que, durante apresentação em Manaus, fez uma pergunta a um rapaz na platéia e não teve resposta.
Insistiu , como não podia responder, queria sim ou não como resposta.
Ele não fala português, é holandês, respondeu a moça que estava ao lado.
Minha lembrança na hora foi outra.

Estava fazendo a apresentação, aula inaugural, do MBA de gestão de TI.
Sala cheia, escolhi 2 pontos na sala em lados opostos, para onde dirigia meus comentários, alternando ora falando para um, ora para outro.
Um dos pontos era um rapaz que me ouvia com vívido interesse, vez por outra acenando com a cabeça em sinal de aprovação a uma ponderação no raciocínio que desenvolvia em sala.
Pois para este rapaz dirigi a pergunta :
- Na sua opinião qual o papel hoje do profissional de TI nas empresas?
Não me respondeu . Ao invés de perguntar a outra pessoa insisti :
- Não há julgamento aqui , o que você acha , fale !
A menina que estava sentada ao lado dele impediu que eu fizesse nova pergunta .
- Professor, ele é mudo .
Disse Ok e segui em frente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O nome da raça

Ser Pai

Entendendo o universo feminino