Falando novamente de Apelidos
Hoje estava jogando conversa fora no almoço, coisa que adoro
fazer , e H. comentou que por vezes pessoas tem apelidos que tornam impossível
depois nos lembrar da pessoa pelo nome real.
É verdade, tenho um grande amigo, irmão que a vida me deu,
que carregava o apelido no crachá da empresa, ninguém o chamava pelo nome, mas
sim pelo apelido , Lula ( o do bem ).
Em casa já fui Elysinho ( era filho do Dr Ely ) , depois Zizinho, depois Ziza , que aliás gostava muito, era apelido de
um ponta esquerda que fez sucesso, chegou a seleção brasileira .
Por outro lado apelidos podem surgir por situações não
usuais, constrangedoras.
Na loja de departamentos M., o analista júnior recém contratado, caiu
na besteira de comentar um exame médico doloroso por qual havia passado.
Para investigar um problema no intestino o médico havia lhe
inserido um tubo de ferro com uma luz na ponta , no reto .
Depois de alguns minutos de silêncio, bestificados que
estávamos com o relato feito, J.M
declarou , “pronto a partir de agora seu nome é Vagalume , quem tem luz na
bunda é Vagalume “. O apelido pegou ,
havia outro M. na área , mas só um Vagalume .
Mas também um apelido pode surgir em situação de humor.
De outra feita um novo estagiário em TI veio falar comigo,
estava ingressando no time de suporte a sistemas básicos, eu era na época um
dos DBAs da empresa .
Eu estava analisando dados em um terminal quando ele chegou
falando baixo.
Parei o que estava fazendo e olhei para cima, muito para
cima .
O sujeito era enorme, passava de 2 metros de altura e era
também muito forte .
Ele se apresentou :
- Oi Ely , tudo bem ? Meu nome é I., eu sou o novo estagiário da área de
suporte .
Pediram que me apresentasse a você .
Olhei para ele e disse :
- Oi , tudo bem e você tudo bem ? Mas não, seu nome não é I. , a partir de hoje é “Tem razão “
.
Um cara do seu tamanho está trabalhando na área certa, em suporte , terá sempre razão .
Ele sorriu .
O apelido também pegou .
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