Pagode no Piscinão de Ramos

Um dos colegas de empresa conta a N. a estória do porteiro do prédio de minha mãe que acabou de ler aqui no Blog.
Pois vi um caso assim parecido me diz ele.
Então conta logo disse para provocá-lo .
Ele começou a contar .
Era um fim de semana a tarde, estava em casa sem fazer nada, e aí lembrou que sempre rola um pagode nos quiosques do Piscinão de Ramos.
Vestiu uma bermuda, botou uma camisa e foi para lá.
Perguntei , e sua mulher ?
Disse para ela que ia dar um rolé, encontrar a rapaziada, assim ela não pergunta nada e nem quer vir junto.
Deu sorte e pegou a última vaga no estacionamento.
Andou em direção aos quiosques próximos do quiosque do Dicró.
Sempre rola um pagode por lá.
Parou em um quiosque e pediu uma cerveja e um tira-gosto.
Nem sentou, colocou a cerveja e o prato na mesa, ficou olhando em volta.
De repente viu uma prêta maravilhosa caminhando por entre as mesas.
Vai passar na minha frente pensou logo.
Quando passa em frente, uma mulatona, alta, maravilhosa,mandou o agá para cima dela:
- Sempre quis ter uma mulher deste tamanho!
Ela parou e perguntou olhando para baixo:
- O que foi?
- Não vai me bater? Eu disse que sempre quis ter uma mulher deste tamanho .
Ela sorriu.
Para onde vai perguntou.
Ela disse que ia ao banheiro.
Então vá e pára aqui na volta, vamos conversar , tomar uma cerveja, respondeu.
Ela voltou e perguntou se estava sozinho.
Estou sem ninguém , só esperando você, respondeu de bate pronto.
Ela estava em uma mesa logo ali, com os 2 filhos pequenos, a irmã e o namorado dela.
Tudo bem, vamos acabar a cerveja e depois vamos para lá, propôs.
Caminhou com ela já segurando na cintura.
Sua cabeça batia um pouco acima dos peitos dela.
Chegou na mesa e cumprimentou todos.
Tudo bom ? Sou N. , tudo bom ?
A mesa estava cheia de garrafas de cerveja e pratos de peixe.
As crianças,3 na verdade, estavam dormindo em uma canga estendida no chão.
Na hora viu que o cara tinha conhecido a irmã dela ali mesmo.
Ficou na sua, pediu uma cerveja ao garçom e pagou na hora.
Levantou e ficou na ponta do pé tentando alcançar a prêta.
Daqui a pouco o cara levanta, pede licença e diz que vai ao banheiro.
Pediu outra cerveja e pagou.
Passa o tempo e nada do cara voltar.
A irmã chamou a prêta para conversar e ela voltou .
- Escuta, na verdade minha irmã conheceu ele aqui, foi ele quem pediu isto tudo que está na mesa, estamos sem grana, se ele não voltar como é que fica ? Minha irmã está nervosa.
Voltou da ponta do pé e falou:
- Vai ver que o cara ainda está no banheiro. Fala para tua irmã ir até lá ver .
Ela volta, o cara sumiu mesmo.
- Ai meu Deus e agora meu nêgo ?
- Olha só, o que eu consumi eu paguei. Faz o seguinte, eu vou sair. Depois sai você e depois sua irmã, devagar, para não dar na pinta.
- Tá bom !
Saiu devagar e caminhou para outro quiosque. Olhou para trás e as duas vinham logo coladinhas nele, arrastando as crianças pelo braço.
Encostou noutro quiosque , de costas para elas, e pediu uma cerveja.
Logo sentiu o tapinha no ombro.
- Nêgo, o garçom está aqui ,querendo receber.
Desenrola aí, desenrola aí, respondeu.
Deixaram os celulares e as carteiras de identidade com o garçom.
Quando pagassem a conta receberiam de volta os celulares e os documentos.
Foram logo embora.
Acabou que não arrumou nada , provoquei .
Que nada , dei um monte de beijinhos, me respondeu e com um sorriso saiu da sala.

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