Traduzindo frases

Estava eu iniciando a aula no MBA quando Leila, a assistente da sub-reitoria de pós-graduação, me pediu para interromper a aula para falar comigo .

- Professor, está acontecendo agora no térreo o lançamento do livro do professor M.S. , da universidade francesa XXX , e a sala está vazia. Não apareceu ninguém. A professora M., sub-reitora, está nervosa , o reitor vai aparecer e não tem ninguém mesmo para ouvir o discurso e assistir a assinatura do convênio entre as universidades.

- Sim Leila, mas como posso eu ajudar ?

- O Senhor não poderia descer com a turma , fazer só uma social ?

- Mas Leila , tenho aula para dar !

- Eu sei , só uma meia hora, a turma desce, toma uma taça de vinho, come uns frios , e a sua turma é a única da pós que não está em prova hoje .

Perguntei a turma se queriam descer e não foi preciso perguntar duas vezes.

Avisei que só ficaríamos 30 minutos .

Descemos e logo após chegarmos, taças de vinho nas mãos, chegou o reitor e começou o discurso de louvação a obra do professor visitante.

Após 10 minutos o professor visitante começou seu agradecimento, em francês !

Leila me perguntou se eu falava francês.

Respondi que sim e comecei a “traduzir” o discurso.

O professor agradecia por estar no Rio, pois francês gosta mesmo é de mulatas e no Rio o que mais tem é mulata.

Agora mesmo estava de olho em uma bela presença mas o queijo não tinha caído bem, tinha medo de se aproximar pois podia ficar mal com o cheiro, e não era porque francês toma poucos banhos mas porque revolução gástrica se processava ....

As pessoas em volta começaram a rir e tive que parar com minha tradução simultânea.

Terminado o discurso, convênio sendo assinado, levei a turma de volta para a sala de aula.

No elevador lembrei de outra situação de frases em outro idioma.

Jorge era mensageiro do escritório de uma indústria química no Rio.

Sabendo que um conhecido do escritório falava inglês lhe pediu que lhe ensinasse uma frase para ser usada em uma saudação.

Acredito que o diabo soprou alguma coisa no ouvido deste conhecido pois escreveu, para que ele repetisse , o som da seguinte frase em português:

- HAi fulano, AI uana guive mai esse tu iu !

Jorge saiu repetindo a frase e entrou na sala de Jozef, um dos gerentes.

Abriu a porta e proclamou :

- Hi Jozef , I wanna give my ass to you !

Pego de surpresa , o gaucho de raízes polonesas ainda perguntou :

- O que você disse ?

- Hi Jozef , I wanna give my ass to you !

- Passa fora daqui seu safado , some da minha vista!

Até hoje acredito que Jorge não sabe o que disse para Jozef.

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